História dos Animes no Brasil

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 No Brasil, os animes chegaram nos anos 60 e é difícil precisar qual foi o primeiro a ser exibido. Na leva inicial vieram Homem de Aço, Oitavo Homem, Ás do Espaço, Zoran, O Garoto do Espaço, e outros. Porém, o marco inicial, segundo estudiosos, é a exibição de National Kid em 1964. Logo depois, vieram: A Princesa e o Cavaleiro, Speed Racer, Super Dínamo, Sawamu, o demolidor, Zillion, O Menino Biônico, Capitão Harlock e a Nave Arcádia, Honey Honey e As Aventuras do Pequeno Príncipe. Contudo, eles ainda mantinham um público muito restrito e sem grande impacto. Segundo o site G1, desde então "talvez nenhum outro país tenha exibido mais produções japonesas do que o Brasil." Conforme a revista Animax Magazine, parece que estas produções chegaram aqui por acaso, pois foram oferecidas a baixo custo, tiveram uma dublagem razoável e colocadas como simples complemento da programação infantil de várias emissoras. Mas para surpresa de todos, tiveram grande audiência e foram sendo exibidas e reexibidas várias vezes, até que o então Ministro da Justiça da Ditadura Militar, Alfredo Buzaid, censurou todas as séries que tinham super-heróis voadores, através do decreto-lei 1077 de 26 de janeiro de 1970.

 Na década de 80, a extinta TV Manchete foi a primeira emissora de televisão aberta do país a realmente investir pesado na exibição de desenhos animados no Brasil. Dos animes, ela levou ao ar Patrulha Estelar, Don Drácula, e O Pirata do Espaço, dentro do Clube da Criança. É nesta época que acontece o primeiro grande evento para fãs de animes e mangás no Brasil totalmente organizado por brasileiros. O primeiro grande evento aconteceu de 02 a 31 de julho de 1988, no SESC Pompeia-SP, feito para comemorar a fundação da a ORCADE – ORganização Cultural de Animação e Desenho. Neste primeiro evento para fãs (na época, a palavra “otaku” ainda não era conhecida no país), aconteceram dezenas de exibições de anime e séries live-actions japonesas, com destaque para National Kid.

 Da metade para o fim dos anos 80, as emissoras investiram mais em séries live action, como Jaspion, Jiraya e companhia. Neste período, que se estendeu até 1994, a animação japonesa se tornou escassa e pouco notada por aqui. Os animes que se destacaram nesta época foram As Aventuras de Peter Pan, Guzula, Honey Honey, Robotech, Transformers, o Filme, Akira, e Zillion, sendo estes 2 últimos os únicos grandes destaques da animação japonesa até o início de 1994. O anime Doraemon, grande sucesso no Japão, foi exibido na TV Manchete em 1992, com o nome de Doraemon: O Super Gato. Mas sem grande repercussão, ao contrário de seu país de origem. Segundo o site Observatório da Imprensa, pode-se dizer que este tipo de produção sofreu total descaso das emissoras do país nesta época porque foram incapazes de compatibilizar seu formato (de histórias longas, quase como novelas). Por isso, os canais exibiam episódios fora de ordem e muitas vezes nem sequer mostravam o final.

 O primeiro grande "boom" dos animes no país começou em 1994, com Os Cavaleiros do Zodíaco. O acordo de exibição era simples: a empresa forneceria 52 episódios de um desenho japonês que havia feito sucesso no Japão no meio da década de 1980 e estava ganhando fãs na Europa. Em troca, a Rede Manchete ofereceria espaços publicitários para a exibição de propagandas dos brinquedos relacionados à série. Porém, tão logo estreou, o sucesso foi tão grande que a emissora foi obrigada a comprar os direitos da obra. Os Cavaleiros do Zodíaco foi responsável não só por elevar a audiência da emissora, como foram também os responsáveis por outro meio midiático que conquistou crianças, adolescentes, jovens e alguns adultos, as revistas voltadas para a divulgação de animês, cinema, HQ, mangás entre outros produtos direcionados ao mundo dos heróis. Durante os dois primeiros anos de exibição manteve uma audiência média na casa dos 8 pontos, garantindo o segundo lugar isolado de audiência nas suas duas exibições diárias, sendo, assim, o responsável pela repopularização da grade da emissora.

 Com isso, a série virou referência, foi reprisada muitas vezes, rendeu muito merchandising e fez outras emissoras apostar em animes. Milhares de bonecos, máscaras, roupas, CDs, publicações, fitas de vídeo, importações e até produtos pirata dos Cavaleiros foram vendidos. Além disso, aproveitando esta febre, houve um aumento espantoso do número de animes produzidos para cinema e vídeo exibidos no país. Em julho de 1995, por exemplo, o mais longo dentre os quatro filmes da série, A Batalha de Abel, foi exibido em mais de 200 salas em todo o país. Porém, "traumatizados" com a violência do anime, um grupo de pais e psicólogos ameaçaram acionar o Ministério da Justiça para boicotar a exibição do seriado no Brasil. Foi criada uma portaria que exigia que as emissoras cortassem cenas muito violentas e sensuais dos animes, além de terem que colocar a "classificação indicativa". Por conta disso, animes e filmes assim só poderiam passar na íntegra, após 8 ou 9 da noite.

 Mesmo com este imbróglio, de 1995 até 1999, a TV Manchete exibiu Super Campeões, Shurato, Sailor Moon, Samurai Warriors e Yu Yu Hakusho. Destes, apenas o último conseguiu manter a audiência. Apesar de ser um sucesso de audiência, figurando entre os 5 programas mais assistidos da TV Manchete, o anime fracassou na área comercial. E isso acabaria ajudando na falência do canal. As outras emissoras abertas do país também buscaram a sua fatia nesse mercado das produções japonesas. A Rede Bandeirantes exibiu diversos títulos importantes ao longo da década de 1990, especialmente no campo dos tokusatsus. Sobre os animes, obteve destaque para a exibição do filme Akira. O canal SBT também foi responsável por alguns títulos importantes, dentre os quais destacam-se Guerreiras Mágicas de Rayearth, Street Fighter II V, Fly o Pequeno Guerreiro, Dragon Ball e Astro Boy.

 O fracasso comercial de Yu Yu Hakusho no Brasil - apesar das boas audiências - marcou o fim do primeiro boom de animes no Brasil. A partir de então investimentos em animes passaram a ser muito bem planejados pra não amargar prejuízos do mesmo porte. A partir de então, a Rede Manchete, para reduzir custos passou a comprar apenas OVAs de animes, que passariam a integrar o bloco U.S. Manga. Entre os títulos mais destacados estavam Art of Fighting, Detonator Orgun, Gall Force e Iczer 3. Em 1999, o fim da Rede Manchete tendeu a se agravar ainda mais o mercado de animes no país. Porém, no final de 1999 um novo fôlego seria dado ao mercado de animes no Brasil graças a três novos fenômenos comerciais: Pokémon, Dragon Ball Z e Digimon.

Marcus Henrique Tokusatsu

Meu nome é Marcus Henrique Tokusatsu e sou Técnico de Informática, curso este feito na FAETEC, escola Técnica localizado aqui no Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, não exerço esta função. Tudo aquilo que eu aprendi, usarei os Código Fontes neste Blogger.

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